terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

JESSICA COX - Tocando o Céu sem Braços


Nascida sem os braços devido a uma rara enfermidade congênita, a americana Jessica Cox, 26 anos e 1,55 metros de altura, vem ganhando popularidade nos Estados Unidos como exemplo de superação ao se tornar a primeira mulher piloto na historia da aviação que pilota sem braços, Jessica usa os pés.

Como qualquer criança, não entendia porque não tinha braços como as demais pessoas. “ Era difícil ser diferente.”

Jessica aprendeu a usar os pés para realizar tarefas do dia-a-dia como escovar o cabelo, usar o computador, colocar lentes de contato, maquiar-se, preparar uma refeição ou falar ao telefone; também aprendeu a dirigir usando os pés e conseguiu uma carteira de motorista sem restrições, usando um carro comum, sem adaptações. Através dos pés ela pode escrever 25 palavras por minuto.




Desde a primeira infância suas pernas serviram-lhe de mãos. Como todas as crianças, ela passou por várias fases de desenvolvimento. Ela aprendeu a comer sozinha, escrever, tudo através das pernas. Ao longo da infância, ela participou de várias atividades como: natação, ginástica, dança. Jessica começou a praticar Taekwon-Do quando tinha 10 anos e aos 14  já era faixa preta.
Para Jéssica, o maior desafio por ter nascido sem braços, mais que a adversidade física, eram as constantes encaradas das pessoas.




Porém tinha aprendido a ver o lado positivo dessas situações que me deram a oportunidade de utilizar esse canal de vibrações positivas e ser um exemplo de otimismo. “ Eu me irritava muito quando as pessoas me olhavam caminhando pela rua ou pela maneira de comer com os pés”.
Seus pais foram seus modelos de conduta e seus pilares de apoio. “Minha mãe é meu modelo e sempre me diz que posso fazer qualquer coisa a que eu me propor”

“É difícil ser pai de um filho incapaz. Papai foi minha rocha durante os tempos difíceis e é quem formou a pessoa que eu sou atualmente“.

“ Meu pai não derramou uma lágrima quando nasci porque não me vê como uma vítima”


Formada em psicologia, Jessica trabalha com palestras motivacionais, nas quais sua história é contada como forma de incentivar a superação de obstáculos. A aparente limitação física não a impede de levar uma vida normal, mas ainda atrai olhares quando abastece seu carro nas bombas de gasolina.


Esta mulher, inspiradora e heroína para muitos, irradia felicidade e um grande senso de humor; no Dia das Mães em maio do ano passado, voou sozinha com um letreiro suspenso que acertadamente dizia: “ Olha mamãe, sem as mãos”

“Quando ainda não voava, me dei conta de que meu temor era porque eu não sabia muito sobre isto.  Há um medo universal na gente, é o temor da insuficiência e da falta de fé em nós mesmos” .
Até a data, tinha contabilizado aproximadamente 130 horas de vôo sozinha. E afirma: “O medo pode basear-se no desconhecimento“.
Graças a sua confiança, perseverança, preparação e ambição, Jéssica tem percorrido um longo caminho para converter-se em quem é hoje em dia.
Além de ser uma oradora motivacional ( www.rightfooted.com ), ela também tem sido incentivadora na Rede Internacional de Crianças Amputadas nos últimos cinco anos.
“Sei que será difícil ter uma família, mas sei que serei uma boa mãe.” Jéssica espera casar-se e ter filhos.
E diz entre risos: “Difícil vai ser para o pretendente pedir minha “mão” a meus pais”

“Não tenho braços, mas não é isso que determina até onde eu posso chegar“; “Nosso temor mais profundo não é que sejamos insuficientes, é que sejamos poderosos além da medida”.
“ O ser humano precisa ter momentos baixos na vida, para sentir, ainda mais fortes, os momentos emocionantes.” “ Quanto maior for a dificuldade, maior será a gloria.”

E a você, o que ainda te falta para “tocar” o céu?

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