terça-feira, 19 de abril de 2011

MARC HERREMANS - "Quando a sua realidade muda, seus sonhos não precisam mudar também."




No outono de 2001, Marc Herremans surpreendeu o mundo com seu 6º lugar no Mundial de Ironman em Kona, Havaí. Herremans, no entanto, não ficou surpreso e disse que estava pronto para chegar ao topo do pódio.

Mas, no dia 28 de janeiro de 2002, a vida de Herremans mudou drasticamente. Em um treino de ciclismo com seu técnivo Dirk Gossum, em Lanzarote, Herremans perdeu o controle da bike e despencou por uma encosta rochosa, cortando o cordão espinhal entre as vértebras torácicas 5 e 6.

''Em questão de segundos minha vida foi arruinada'', disse Herremans. ''Tudo que eu tinha trabalhado para vencer um dia o Ironman do Havaí foi em vão. O resto era menos importante. Agora, com apenas 27 anos, já não era mais possível. Minha vida acabou.'' Isto, ele pensava na época...

Mas a vida dele não tinha acabado e, depois de alguns meses de negação e frustração, Herremans voltou ao ''trabalho'', focado retornar a Kona, desta vez em uma cadeira de rodas. Ele voltou depois de terminar em 3º, em 2003 e 2004; segundo em 2005; e foi campeão em 2006.

"Quando a sua realidade muda, seus sonhos não precisam mudar também."





quarta-feira, 13 de abril de 2011

Tony Melendez - "Há um mundo inteiro só esperando a sua mão dizer sim"








Tony Melendez nasceu na Nicarágua, América do Sul. Ele era uma das cerca de 5000 "crianças da Talidomida", uma droga que as grávidas tomavam por causa dos enjôos matinais, o que fez com que ele nascesse sem os dois braços, e hoje é músico consagrado nos Estados Unidos da América, para onde se mudou com seus pais com um ano de idade, em busca de ajuda médica para corrigir um defeito num dos pés.
Mas Tony não deixou que a falta dos braços o impedisse de viver. E viver com alegria. Lá, ele era uma criança como qualquer outra, que brincava, se divertia... Só que sem os dois braços, porque ele, de livre vontade, escolhe deixar de usar as próteses dos braços, por o fazerem sentir diferente do que ele era.
Ao contrário do que talvez fosse de esperar numa criança que os outros meninos evitavam, por ser diferente, Melendez diz que a sua infância não teve nenhuma dificuldade em particular...
Jamais permitiu que a limitação física lhe tirasse o prazer de cantar. Desde muito pequeno começou a tocar algumas notas musicais com os pés e logo descobriu que poderia afinar a guitarra de forma a atender sua necessidade.
Aos 18 anos Tony já tocava e cantava em eventos especiais, e fazia sucesso. Mas ele não canta, apenas. É compositor também.
Aos 25 anos, Tony teve a oportunidade de tocar sua guitarra com os pés e cantar para milhares de jovens, na presença do papa João Paulo II, na cidade de Los Ângeles, no ano de 1987.
Um disco giratório junto aos pedais do veículo também foi a solução para que Tony pudesse dirigir seu próprio automóvel, fazendo uso dos pés.
E é assim que Tony Meléndez supera suas limitações, fazendo o que muitos acham impossível, sempre com muito amor e a sua família: esposa e dois filhos adotivos.

Numa entrevista o jornalista lhe perguntou: “Como tem sido sua vida sem suas mãos?”

E Tony respondeu, sempre bem-humorado: “Eu não conheço as mãos, pois não as tive. Nunca tive esse dom de poder mover um dedo, de segurar um telefone, um lápis. Meus pés sempre foram meus dedos, minhas mãos”.
Ao final da entrevista, o jornalista lhe perguntou: “Que mensagem você daria àqueles que têm algum problema e que estão tristes?”
“Eu digo a mesma coisa para quem não tem e para quem tem tudo: não deixem a fé ir embora de seus corações, pois às vezes temos momentos em que ninguém pode nos ajudar.”
E para desafiar suas próprias potencialidades, Tony escreveu um livro autobiográfico, intitulado “A gift of hoppe” (um presente de esperança), e tem vários CD´s gravados, tendo se apresentado em 28 países.
Para finalizar, ouçamos alguns conselhos desse músico sem braços:

"Eu vejo uma pessoa como você que tem os braços, as pernas, que tem tudo, dizer: não posso, não posso.

Sim, pode; sim, pode!

Quando as pessoas me perguntam onde estão os milagres, eu sempre digo: eu vejo a mão. E quando alguém levanta a mão, para mim isso é um milagre.

Por favor, não me digam que não podem, não me digam que não podem porque vocês, vocês, podem fazer muito, muito mais.

Levantem-se e digam: eu quero, eu posso, eu vou seguir adiante.

Há um mundo inteiro só esperando a sua mão dizer sim."

E, quando tudo parecer impossível, lembre-se que basta apenas dizer: “Eu quero! Eu posso, eu vou seguir adiante.”