sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

LANCE ARMSTRONG: A SUPERAÇÃO DE UM VENCEDOR

Superação, sem medo de encarar desafios – por mais difíceis que sejam. Assim tem sido a vida de Lance Armstrong, este norte-americano de Austin, Texas, heptacampeão da Tour de France de Ciclismo.
Ele venceu a Tour de France por sete vezes seguidas, derrotou o câncer e tornou-se uma lenda do esporte.
Nascido em 18 de setembro de 1971, Armstrong começou a encarar competições bem cedo. Aos oito anos de idade, acordava às 4h30 todos os dias para praticar natação. Aos treze, já era campeão do Iron Kids Triathlon.
Descoberto por Chris Carmichael, Lance direcionou sua carreira para o Ciclismo. Quando completou 21 anos, sua vida deu uma volta de 180º, quando venceu o Campeonato Mundial de Ciclismo em Estrada. Sua carreira decolou e, aos poucos, o mundo começava a prestar atenção no precoce talento de Armstrong. Em 1993 participou, pela primeira vez, da Tour de France, onde venceu a etape de Verdun. Dois anos depois, descobre uma grande inflamação em sua virilha, e habituado a ignorar a dor não lhe deu importância, até que começou a vomitar sangue, a ter perdas de visão e enxaquecas. O diagnóstico foi terrível: câncer nos testículos e dois tumores, do tamanho de bolas de golfe, num pulmão e no cérebro.
Lance Armstrong não desistiu. Começou uma intensa batalha pela recuperação, com sessões de quimioterapia e radioterapia, enquanto alternava com treinamentos de ciclismo. A doença também lhe trouxe problemas profissionais, sua equipe Cofidis rescindiu o contrato e Lance teve que vender seu carro de luxo, e hipotecar sua casa para continuar tanto o tratamento quanto os treinamentos. No mesmo ano, numa entrevista ao New York Times, ele declarou: “Os médicos me dão apenas 40% de chances de viver. Mas eu garanto que retornarei às competições”.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Ben Harper And Relentless7 - Fly One Time

Caminho para se alcançar  a vitoria não é facil, nunca foi e nunca será, por isso temos que continuar sempre tentando , e sempre voar mais uma vez...

O FANTÁSTICO ALARICO MOURA

A condição de deficiente físico mudou o sentido de vida e transformou a vida deste  homem.
Quem vê Alarico Moura, o Ala, um jovem senhor de 64 anos, andando de bicicleta, surfando, ministrando palestras, posando para fotos se surpreende com a história desse paraatleta, que após a amputação da perna esquerda soube driblar as dificuldades e tornar-se um exemplo de vida.
O que impressiona nesse brasileiro é a habilidade de utilizar a seu favor as situações adversas que a vida lhe impôs. Reverter o jogo da vida é, de fato, uma qualidade dos fortes. Morador da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, ex-militar, viu sua vida transformada após um acidente – foi atropelado por um carro, enquanto andava na calçada -, que o deixou com semiparalisia. Após dois anos de hospitalização e a amputação da perna esquerda, chegou em casa com as difíceis tarefas de reaprender a andar e planejar uma vida com mais limitações.
Reaprender a andar ele cumpriu, num processo lento e de sofrimento. Quanto à vida de limitações, nem pensar. Por orientação médica, começou a se envolver com atividades físicas para obter condicionamento. Iniciou caminhadas com muletas, passou às corridas de até 15km, praticou ginástica em academia, patinação, natação, surfe, frescobol, futebol, caça submarina e tornou-se mergulhador profissional.
A partir de 1984, descobriu a bicicleta como forma de lazer e, daí para as corridas de ciclismo e de mountain bike, sua grande paixão, foram poucos passos, aliás, muitas pedaladas. Alarico mantém um ritmo intenso de treinamento, utilizando a bicicleta como meio de transporte e estilo de vida. Pedala diariamente cerca de 70 km. “Em 1994, filiei-me à Confederação Brasileira de Ciclismo e à Federação Estadual de Ciclismo e passei a participar oficialmente de vários eventos de ciclismo, dando início assim a uma série de conquistas”. Um detalhe é que não participava como deficiente físico, ele competia com atletas que tinham as duas pernas, na categoria sênior.
Ele coleciona não apenas vitórias esportivas. Entre os troféus e medalhas que forram sua prateleira, estão histórias e prêmios muito mais valiosos. O envolvimento com o esporte, que por si só já agrega a inerente condição de superação, acabou despertando a atenção das pessoas por onde passava.
Seu temperamento ajuda nesse sentido. Extrovertido e brincalhão, Ala impressiona por sua vitalidade e determinação. “Fui tomando, lentamente, a consciência de que podia de alguma forma, com a minha deficiência física e postura positiva diante da vida, influenciar e beneficiar outras pessoas.” – disse ele.
Isso foi se tornando evidente durante os passeios e treinos, pelas ruas e praias cariocas. “Pedalando com uma única perna, chamava a atenção dos que passavam e comecei a ser parado na rua por desconhecidos que pediam minha ajuda. Solicitavam que eu conversasse com parentes e amigos que passavam por momentos difíceis de reabilitação, recuperação de doenças ou depressão” – contou ele.
Quem conhece Ala percebe, com nitidez, sua alegria de vida que permite, inclusive, que brinque com sua condição. “Sou um mutante, como o Volverine” – relata ele, seguido de uma gargalhada.
Ele diz que agradece a Deus por tudo que lhe aconteceu, pois sua deficiência lhe permitiu enxergar de outro modo a vida. “Antes, eu era uma pessoa sem noção. Não tinha responsabilidade com nada, com o próximo, com o meio ambiente, com a família. Quando me vi na condição de deficiente físico, descobri o grande poder que possuo como ser humano. Todos nós somos importantes para o mundo. Hoje, só peço a Deus que me ajude a corrigir meus inúmeros defeitos” – afirmou ele.
Alá é um homem de muitas habilidades, é heptacampeão carioca de mountain bike. Foi ainda seis vezes campeão brasileiro e um dos escolhidos para carregar a tocha dos Jogos Parapanamericanos, disputados no Rio de Janeiro em 2007. É também diretor paradesportivo da Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro (Facierj). Dentre suas atividades diárias, está a de artista plástico autodidata e premiado.
“Em vez de sofrer e de me lamentar, agradeço a Deus pela vida fantástica que eu tenho. Ser diferente é normal. Eu acordo muito feliz para a minha rotina de trabalho, porque eu levanto da cama todos os dias com o pé direito” – concluiu o bem-humorado Alarico.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A Vovó do Surfe

Quando a carioca Fernanda Guerra começou a pegar onda, o homem não tinha ido à Lua, a música da moda era da Jovem Guarda, o ídolo das meninas era o ator francês Alain Dellon e a gíria usada entre os surfistas era putz grila. Tudo isso é passado hoje, mas o amor de Fernanda pelo esporte que começou a praticar com 11 anos, em 1960, continua o mesmo. “Adorava pegar a prancha e ir remando para o
mar, enquanto as meninas da época só queriam saber de fazer coques no cabeleireiro para irem aos bailes”, lembra
a primeira surfista brasileira.
Aos 53 anos de idade, Fernanda é mãe de Roberta, 35, e Flávia, 33, e avó de Antônia, um ano, filha de Roberta. Desde o nascimento da neta, ganhou o apelido carinhoso de “vovó do surfe”. Nada que a impeça de continuar a praticar o esporte ao lado de suas poucas e recentes parceiras. Uma delas, a campeã brasileira Andréa Lopes, 28, viajou com Fernanda em 1998 para a Costa Rica, em busca de ondas perfeitas. “Teve um dia que peguei uma onda radical de cinco pés”, vangloria-se Fernanda, referindo-se a uma onda de cerca de 15 metros de altura. As filhas nunca surfaram e criticam abertamente a mãe. “Você não acha que já passou da idade de ficar bancando a garotinha de praia?”, pergunta Roberta. “Você não acha que está coroa para ficar dando uma de surfista?”, emenda Flávia.

Fernanda nem se incomoda. Para conseguir feitos como o da onda da Costa Rica, costuma surfar diariamente, das 7h às 8h30, na Barra da Tijuca. Rotina semelhante à do tempo em que acompanhou o nascimento do esporte e viveu o momento mais romântico do surfe. Fernanda lembra que chegava do colégio e olhava pela janela do apartamento onde morava, na Praia do Arpoador, zona sul carioca. “Via o pessoal reunido com aquelas pranchas de madeira e lá ia eu”, conta ela, que fez curso para salva-vidas mirim e logo se interessou pelas ondas.

Tão logo começou a pegar onda, ela fez amizade com um grupo de 8 surfistas, todos com os cabelos longos característicos da época e as indefectíveis bermudas floridas. O pioneirismo de Fernanda não a transformava em vítima de brincadeiras machistas. “Não existia maldade. Eles me punham na prancha e eu pedia para me empurrarem no mar”, diz a surfista, que, apesar de ter 1,68m de altura, não tinha problemas com as pranchas de dois metros e 20 kg da época.

Se o fato de ser mulher não era motivo de preconceito, gostar de surfe era. Tanto que, volta e meia, Fernanda e sua turma tinham de se entender com a polícia. “Era normal rebocarem nossas pranchas”, resigna-se o também surfista e atual marido de Fernanda, o engenheiro João Cristóvão, 62 anos. A própria composição do grupo de amigos da veterana, porém, é uma prova de que pegar onda não é sinônimo de vagabundagem. Entre os pioneiros no esporte estavam o empresário Jorge Paulo Lehmann, o ator Arduíno Colassanti, irmão da escritora Marina Colassanti e Ricardo “Charuto” Dias, dono da grife de roupas Richard’s. Um pouco mais novo que eles, o carioca Ricardo Fontes de Souza, 50, o Rico, admirava os pioneiros. “Era uma tribo bem unida, companheirismo era a palavra de ordem”, lembra o surfista, hoje um bem-sucedido empresário do ramo.

Entre uma onda e outra, a turma fazia mariscadas na praia. “Eu espremia o limão e cozinhávamos em latas de margarina em cima das pedras”, conta Fernanda. A vocação para a culinária não foi desperdiçada. Hoje ela é dona de uma lanchonete que leva seu nome, na Barra, e é freqüentada
por artistas como Susana Werner e Priscila Fantin. Durante
o dia, quando não está lá, Fernanda pode ser vista com
uma de suas oito pranchas, fazendo o que mais gosta: “Enquanto eu puder andar, vou estar sempre em cima
de uma prancha”, garante

Roberto Leitão, 72 anos "UM SENHOR LUTADOR"

Se Lutas fossem disciplina escolar, o Sr. Roberto Leitão seria o que o professor Pasquale Cipro Neto representa pra nossa língua portuguesa moderna. Ou o que o dr. Dráuzio Varella faz pela Medicina brasileira.

Aos 72 anos de idade (quase 73), o Sr. Leitão é a maior referência viva em pesquisa e estudo de lutas do Brasil, talvez no mundo inteiro. Quem discordar, que o desafie. Para uma palestra ou para um treino mesmo. Na teoria ou na prática, ele vence e convence, provando literalmente por A + B que a beleza e funcionalidade das lutas são quase uma ciência exata, assim como a matemática. Todos os conhecimentos adquiridos em décadas como um respeitado engenheiro, o Sr. Roberto Leitão aplicou na mecânica dos golpes. E os resultados são impressionanantes, afinal não é em toda academia que você dá de cara com um senhor com mais de 70 anos se embolando em um rola atrás do outro com campeões como Shaolin, Vitor Belfort, Pedro Rizzo, Glover Texeira e vários outros ídolos do MMA que, se vacilarem, vão bater nas zilhões de chaves de pé que o Sr. Leitão domina como ninguém.

O primeiro casca-grossa que passou pelos ensinamentos do Mestre Leitão foi ninguém menos que Marco Ruas, que apesar de ser um dos melhores na trocação, precisava de um especialista em quedas e na luta agarrada. Buscou ajuda no lugar certo: judô, luta-olímpica, luta-livre, submission, física, matemática, simpatia e muito vontade de compartilhar uma inigualável sabedoria.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A vovó Fisiculturista

Você já deve ter ouvido falar da vovó que resolveu se tornar fisiculturista aos 59 anos de idade. Se ainda não ouviu falar, conheça melhor, a partir de agora, a atleta Sônia Moreira Ferraz, de São Paulo. Sônia é um daqueles exemplos de vida que servem de motivação para qualquer pessoa, de qualquer idade.
Hoje, com 67 anos e com um corpo inacreditável, Sônia carrega a responsabilidade de talvez ser a mulher mais velha do mundo a competir na categoria Figure Fitness, que valoriza os contornos femininos.
Essa história começou quase que por acaso. Já aos 59 anos de idade, Sônia praticava exercícios físicos rotineiramente, apenas para manter a forma, como nos contou o seu preparador físico Lincoln Malaszoviski. “A Sônia começou a fazer academia por necessidade, como qualquer pessoa. Após a segunda gravidez ela engordou e decidiu entrar em forma”, disse.
Aconselhada pelo filho, que já realizava treinamentos mais rígidos, Sônia resolveu aumentar a carga e tornar a musculação uma filosofia de vida. Demonstrando disciplina, a vovó atleta começou a surpreender o próprio treinador. “Quando eu vi que ela estava reagindo bem aos treinamentos, comecei a incentivar a Sônia a participar de competições”, disse Lincoln.
Para o treinador de Sônia, essa era uma oportunidade para divulgar o esporte e desvinculá-lo do uso de anabolizantes. Para Lincoln e para Sônia, nunca é tarde demais para mudar de vida, e nada é impossível se houver força de vontade. “Quando a mulher chega a uma certa idade, ela passa a entrar em depressão, pois sente que já fez tudo o que tinha fazer. Casou, criou os filhos e todos os objetivos ficaram para trás. Sempre é tempo para criar novos objetivos”, disse Sônia.
Essa mudança que transformou essa pacata senhora em uma atleta de alto nível foi mais significante do que todos imaginam. Antes de se dedicar ao esporte, Sônia sofria com duas doenças graves e agora está curada, segundo ela, por causa desta mudança radical. “Quando eu comecei a intensificar meu treinamento, tinha duas doenças consideradas graves. Estava com pancreatite aguda e púrpura, que causa inflamação nos vasos capilares, mas hoje estou curada das duas”, disse.
Através de sua história de vida, Sônia passou a dar palestras, inclusive para jovens. O começo de uma vida saudável aos 59 anos de idade talvez seja a esperança que muitas pessoas já imaginavam ter perdido.
Para Lincoln, a entrada de Sônia no esporte fez com que os atletas profissionais se mobilizassem em torno dela, deixando um pouco a competitividade de lado e admirando a superação desta “jovem” de 67 anos. “Hoje a Sônia é a atleta mais conhecida no Figure Fitness, e existe uma grande harmonia em torno dela”, afirmou o treinador.

E agora que você já conhece a história da vovó Sônia, saiba que os desafios dela ainda não terminaram. O próximo passo é pleitear um lugar no Guiness Book, o livro dos recordes, como a atleta mais velha do mundo a competir profissionalmente pela categoria Figure Fitness. Se depender de força de vontade, não será uma tarefa difícil para ela.

O Skatista Profissional mais velho do mundo em atividade

Sérgio Fortunato de Paula, o Sérgio "Negão", tem mais de 20 anos de pista e é o "vovô" do skate brasileiro aos 46 anos. Ele carrega em seu curriculum títulos e classificações em muitos campeonatos regionais, nacionais e internacionais desde 1985.

A carreira de Negão no shape começou aos 18 anos quando ele andou pela primeira vez de skate e se encantou pelo esporte. Aos 21 anos passou a participar de campeonatos, um na categoria amador e outros como profissional. No mesmo ano de 1985 conquistou seu primeiro título nacional em Guaratinguetá - São Paulo.

Dentre os resultados mais importantes estão o 5º lugar na França, 5º lugar na Inglaterra, 10º lugar na Alemanha e 3º lugar no X-Games Latin American de 2002 e 2003. Mas, para Negão o primeiro Campeonato Brasileiro que conquistou, em 1987, é o título mais valioso da carreira.

Sempre inovando e criando novas manobras, Sérgio "Negão" sempre impressionou muito nas pistas com suas apresentações. É o criador de uma das manobras mais cobiçadas e difíceis de ser realizada - o front side 540º. O "vovô" Negão Carrega em sua história a honra de ser o atleta mais velho do mundo em atividade profissional.

O maratonista mais velho do mundo

tupletseabra.jpgO Dr. Tuplet Seabra de Vaconcellos é um grande exemplo de vida para todos nós. Considerado o mais velho maratonista do mundo, para nossa surpresa, ele é brasileiro. Como de costume, não é valorizado apesar das incríveis qualidades que o diferenciam da quase totalidade dos outros mortais.
Hoje o Dr. Tuplet Seabra está com 95 anos de idade, tendo iniciado no mundo das corridas com 69, meio que por acaso…
Como assim iniciou aos 69 anos???
É isso mesmo. Um dia, pelos idos de 1981, o Dr. Tuplet foi convidado para participar da abertura de uma corrida na cidade de Cantagalo, Rio de Janeiro, cuja faixa etária era por volta dos 40 anos. Apesar de nunca ter praticado esportes, ele aceitou, e de calças compridas e sapatos resolveu correr os 12 Kms de prova. E venceu!
Eu e Dr. TupletO fenômeno havia nascido para correr e a partir deste dia não mais parou. É o atual campeão mundial dos 800, 1.500, 5.000, 10.000 metros cross e 10.000 metros pista, colecionando títulos no Brasil e no exterior. Além disso, o Dr. Tuplet já participou de mais de 50 maratonas e 200 provas de 100 quilômetros.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Esta história redefine os conceitos de motivação e mostra o que no fundo, todos autores pregam sobre Liderança, Motivação, Mudança de Atitude: o poder do amor

No meio de tantos atletas, um homem tem uma missão maior. Seu filho quer participar, e ele vai atender o desejo do filho. A essa altura, você deve estar cheio de perguntas, tentando entender e até acreditar nesta história. Esta é a história de um pai que nunca desistiu de lutar pela felicidade do filho.
Rick é o mais velho dos três filhos de Dick Hoyt. Durante o parto, o cordão umbilical se enrolou no pescoço. Faltou oxigenação no cérebro, provocando danos irreversíveis. Rick não pode falar ou controlar os movimentos de seus braços e pernas. Parecia condenado.
“Os médicos disseram: ‘Livre-se dele. É melhor interná-lo. Ele vai ser um vegetal o resto da vida’. Nós choramos, mas decidimos tratá-lo como uma criança normal. Ele é o centro das atenções e está sempre incluído em tudo”, conta Dick Hoyt.
Rick sempre teve amor, mas ninguém sabia até que ponto ele conseguia absorver e entender o que se passava a sua volta. A escola achava que ele não tinha capacidade de aprender. Os médicos também.
“Mas aí nós pedimos para os médicos contarem uma piada, e Rick caiu na gargalhada. Eles, então, disseram que talvez haja algo aí dentro”, lembra Dick Hoyt.
Cientistas desenvolveram um sistema de comunicação para Rick. Com o movimento lateral da cabeça, o único que consegue controlar, ele poderia escolher letras que passavam pela tela e, assim, lentamente, escrever palavras.
“Ele tinha 12 anos, e todo mundo estava apostando quais seriam as primeiras palavras da vida dele. Seriam ‘Oi, pai!’ ou ‘Oi, mãe!’?. Que nada! Ele disse: ‘Go, Bruins’, uma frase de incentivo ao Boston Bruins, time de hóquei”, conta Dick Hoyt
Rick participava de tudo. E foi assim que surgiu a idéia de correr.
“Um colega da escola sofreu acidente e ficou paralítico. Foi organizada uma corrida para arrecadar dinheiro para o tratamento. E Rick, através do computador, pediu: ‘Eu tenho que fazer algo por ele. Tenho que mostrar para ele que a vida continua, mesmo que ele esteja paralisado. Eu quero participar da corrida’”, lembra Dick Hoyt. “Eu tinha 40 anos e não era um atleta. Corria três vezes por semana, uns dois quilômetros, só para tentar manter o peso. Nós largamos no meio da galera, e todo mundo achou que a gente só ia até a primeira curva e ia voltar. Mas nós fizemos a prova inteirinha, chegando quase em último, mas não em último. Ao cruzarmos a linha de chegada, Rick tinha o maior sorriso que você já viu. E quando chegamos em casa, ele me disse, através do computador: ‘Pai, durante a corrida, eu sinto como se minha deficiência desaparecesse’. Ele se chamou de ‘pássaro livre’, porque então estava livre para correr e competir com todo mundo”.
Que pai não faria todo o esforço para levar tamanha felicidade a um filho? Dick começou a treinar, e eles resolveram participar de outras provas. Mas a recepção não foi boa.
“Ninguém falava com a gente, ninguém nos queria na corrida. Famílias de outros deficientes me escreviam e estavam com raiva de mim. Perguntavam: ‘O que você está fazendo? Procurando a glória pra você?’. O que eles não sabiam é que Rick é que me empurrava para todas as corridas”, conta Dick Hoyt.
E contra todos, eles foram em frente. Um ano depois, participaram da primeira maratona. Cinco anos mais tarde, veio a idéia do triatlo. Mas, para fazer triatlo com seu filho, Dick Hoyt tinha uma série de problemas para resolver.
Primeiro: equipamento. Não existia nada parecido no mercado. Todo o material de competição teve que ser desenvolvido. E a cada competição, Dick Hoyt tinha que chegar mais cedo para montar tudo.
Mas Dick Hoyt tinha um problema muito maior a resolver para poder fazer triatlo com o filho. Uma coisinha básica: ele não sabia nadar. Mudou-se para uma casa à beira de um lago e foi.
“Nunca vou esquecer o primeiro dia. Eu me joguei no lago e adivinha: afundei. Mas todo dia eu chegava do trabalho e tentava ir um pouquinho mais longe”, conta Dick Hoyt.
Entre o primeiro dia no lago e o primeiro triatlo, foram apenas nove meses. A questão da natação estava resolvida, mas Dick Hoyt ainda tinha mais uma dificuldade pela frente: já fazia um certo tempo que ele não montava numa bicicleta – desde os 6 anos de idade.
O ciclismo é a parte mais difícil para os Hoyt. A bicicleta deles é quase seis vezes mais pesada que a dos outros, sem contar o peso de Rick. Na subida, isso fica claro.
“Ninguém me ensinou a nadar, a pedalar ou a correr como um atleta. Nós simplesmente fizemos. Do nosso jeito”, comenta Dick Hoyt.
Do jeito deles, pai e filho enfrentaram os mais incríveis desafios. O mais impressionante: o Iron Man, no Havaí, o mais duro dos triatlos. São 3,8 mil metros de natação, 180 quilômetros de ciclismo e uma maratona inteira no fim: 42,195 quilômetros de corrida em mais de 13 horas de um esforço sobre-humano.
Dick e Rick venceram a desconfiança. Hoje são queridos onde chegam. Recebem incentivos dos outros competidores a todo instante e até agradecimentos.
“Vocês são incríveis. Obrigada”, diz uma triatleta.
Um rapaz diz que resolveu fazer triatlo por causa deles: “Hoje foi minha primeira corrida e eu gostaria de agradecê-los por serem minha inspiração”.
“É de emocionar, porque você começa a refletir o que tem feito da sua vida”, comenta uma mulher.
“É a parte mais fenomenal do triatlo. É incrível o que esse homem faz com seu filho”, elogia outra mulher.
“Ele é um grande homem. Ele tem coração, é um bom homem”, ressalta um atleta.
Desde 1980, foram seis edições de Iron Man, 66 maratonas e competições de diversos tipos. Pai e filho completaram 975 provas juntos. Jamais abandonaram uma sequer e nunca chegaram em último lugar. Eles têm orgulho de dizer: “Chegamos perto do último, mas nunca em último”. Sempre com o mesmo final apoteótico: público comovido, braços abertos e aquele mesmo sorriso enorme na linha de chegada.
Atualmente, Rick tem 46 anos. Com o movimento da cabeça, escreve no computador frases que serão faladas por um sintetizador de voz. É um homem bem-humorado. “As pessoas, às vezes, ficam olhando para mim. Eu espero que seja porque eu estou muito bonito”, brinca.
Rick formou-se em educação especial na Universidade de Boston. “Não dá para descrever a felicidade no dia da formatura. Foi minha maior realização. Eu mostrei para as pessoas que elas não têm que sentar e esperar a vida passar”, comenta.
Hoje ele não mora mais com o pai. Mora sozinho, com a ajuda de pessoas contratadas para dar assistência. E se você fica dois minutos com Rick, jamais vai esquecer o seu sorriso.
“Ele é muito, muito, muito feliz. Provavelmente, mais feliz do que 95% da população”, afirma o pai, Dick Hoyt, que escreveu um livro e criou uma fundação para ajudar outras pessoas com paralisia cerebral. Hoje o superpai tem 68 anos e impressiona pelo vigor que continua apresentando.
Aos 52, empurrando Rick, conseguiu o incrível tempo de 2h40m na Maratona de Boston, pouco mais de meia hora acima do recorde mundial. Marca excelente para um amador, sensacional para uma pessoa dessa idade e inacreditável para quem corre empurrando uma cadeira de rodas.
“Já me disseram para competir sozinho, mas eu não faço nada sozinho. Nós começamos como um time e é assim que vai ser. O que importa para mim é estar aqui e competindo ao lado do Rick”, afirma Dick Hoyt.
Por isso, eles se chamam “Team Hoyt” – o time Hoyt, a equipe Hoyt. Pai e filho, inseparáveis. Richard Eugene Hoyt e Richard Eugene Hoyt Junior: uma mensagem viva para o mundo.
“Nossa mensagem é: ‘Sim, você pode’. Não há, no nosso vocabulário, a palavra ‘impossível’. Esse é o nosso lema. E nós continuaremos com ele até o fim”, garante Dick Hoyt

Superação e perseverança no triathlon: (para)Ironman do Havaí

Muitas histórias de superação e perseverança já foram contadas sobre o Ironman, seus desafios, as dificuldades e os grandes feitos dos atletas profissionais e amadores. Neste ano, o mundial de Ironman contou com um atleta muito especial: Rudy Garcia-Tolson.
Rudy, 21 anos, tentava ser o primeiro amputado nas duas pernas a completar o Ford Ironman World Championship. Rudy, contudo, não conseguiu passar abaixo do limite de tempo no ciclismo. O atleta utiliza somente seus glúteos e o quadril para gerar força para suas pernas mecânicas de fibra de carbono.
Rudy saiu muito bem dá água, com o ótimo tempo de 1h05’, mas não conseguiu completar o ciclismo dentro do limite das 10h30’ desde o início da prova. Mesmo impedido de terminar o atleta nãos e abateu e se mostrou muito satisfeito com as possibilidades de terminar a prova no próximo ano.
Rudy, que já ganhou duas medalhas de ouro na natação em Paraolimpíadas, está acostumado a levar seu corpo ao limite. O próprio atleta declarou após a prova: “Não tenho desculpas. Meu equipamento estava perfeito. [...] Enfim, foi uma honra participar deste evento, e eu adoraria ter outra oportunidade de cruzar a linha de chegada.”

Rudy desenvolve ainda um trabalho incrível na Challenged Athletes Foundation (CAF), trazendo crianças e adultos deficientes para o esporte. No próximo ano, com certeza, veremos Rudy na linha de chegada.

INSPIRE-SE E SUPERE

O ser humano é dotado de capacidade ilimitada, da qual as vezes nós mesmos não temos noção... diante de tantos exemplos cada vez mais tenho a certeza de que Tudo é Possivel.
Este blog vai contar histórias e mostrar exemplos de pessoas que superaram  limitações físicas, doenças, idade, peso, altura, tempo, distância...
Quando todos disserem “Não é possível” acredite que sempre haverá sim uma possibilidade.
INSPIRE-SE..